Aprendendo Inglês Com Vídeos #64: The Treadmill’s Dark and Twisted Past

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Aprendendo inglês com vídeos é uma série de posts em que traremos para vocês vídeos acompanhados de transcrições e traduções, pois este é um material de altíssima qualidade para qualquer estudante de inglês. A grande maioria dos vídeos virão do YouTube, assim como forma de retribuir aos criadores dos vídeos incríveis que vamos usar, pedimos que você sempre dê o seu “Gostei” no vídeo (ao clicar para reproduzir o vídeo você verá a opção “gostei” no próprio vídeo).

The Treadmill’s Dark and Twisted Past (Transcrição)

The constant thud underneath your feet, the constrained space, and the monotony of going nowhere fast. It feels like hours have gone by, but it’s only been eleven minutes, and you wonder, “Why am I torturing myself? This thing has got to be considered a cruel and unusual punishment.”

Actually, that’s exactly what it is, or was. You see, in the 1800s, treadmills were created to punish English prisoners. At the time, the English prison system was abysmally bad. Execution and deportation were often the punishments of choice, and those who were locked away faced hours of solitude in filthy cells.

So social movements led by religious groups, philanthropies, and celebrities, like Charles Dickens, sought to change these dire conditions and help reform the prisoners. When their movement succeeded, entire prisons were remodeled and new forms of rehabilitation, such as the treadmill, were introduced.

Here’s how the original version, invented in 1818 by English engineer Sir William Cubitt, worked. Prisoners stepped on 24 spokes of a large paddle wheel. As the wheel turned, the prisoner was forced to keep stepping up or risk falling off, similar to modern stepper machines.

Meanwhile, the rotation made gears pump out water, crush grain, or power mills, which is where the name “treadmill” originated. These devices were seen as a fantastic way of whipping prisoners into shape, and that added benefit of powering mills helped to rebuild a British economy decimated by the Napoleonic Wars.

It was a win for all concerned, except the prisoners. It’s estimated that, on average, prisoners spent six or so hours a day on treadmills, the equivalent of climbing 5,000 to 14,000 feet. 14,000 feet is roughly Mount Everest’s halfway point. Imagine doing that five days a week with little food.

Cubitt’s idea quickly spread across the British Empire and America. Within a decade of its creation, over 50 English prisons boasted a treadmill, and America, a similar amount. Unsurprisingly, the exertion combined with poor nutrition saw many prisoners suffer breakdowns and injuries, not that prison guards seemed to care.

In 1824, New York prison guard James Hardie credited the device with taming his more boisterous inmates, writing that the “monotonous steadiness, and not its severity…constitutes its terror,” a quote many still agree with. And treadmills lasted in England until the late 19th century, when they were banned for being excessively cruel under the Prison’s Act of 1898.

But of course the torture device returned with a vengeance, this time targeting the unsuspecting public. In 1911, a treadmill patent was registered in the U.S., and by 1952, the forerunner for today’s modern treadmill had been created.

When the jogging craze hit the U.S. in the 1970s, the treadmill was thrust back into the limelight as an easy and convenient way to improve aerobic fitness, and lose unwanted pounds, which, to be fair, it’s pretty good at doing.

And the machine has maintained its popularity since. So the next time you voluntarily subject yourself to what was once a cruel and unusual punishment, just be glad you can control when you’ll hop off.

O Passado Sombrio e Perverso da Esteira (Tradução)

A batida constante debaixo dos seus pés, o espaço limitado, e a monotonia de ir a lugar nenhum rápido. Parece que horas se passaram, mas foram só onze minutos, e você se pergunta, “Por que eu estou me torturando? Essa coisa tem que ser considerada uma punição incomum e cruel.”

Na verdade, é exatamente o que isso é, ou era. Veja, nos anos 1800, as esteiras foram criadas para punir os prisioneiros ingleses. Naquele tempo o sistema carcerário inglês era abissalmente ruim. Execução e deportação eram geralmente as punições de escolha, e aqueles que eram encarcerados enfrentavam horas de solidão em celas imundas.

Então, movimentos sociais liderados por grupos religiosos, filantropias e celebridades, como Charles Dickens, buscaram mudar essas terríveis condições e ajudar a reformar os prisioneiros. Quando o movimento deles deu certo, prisões inteiras foram remodeladas e novas formas de reabilitação, como a esteira, foram introduzidas.

Aqui está como a versão original, inventada em 1818 pelo engenheiro inglês William Cubitt, funcionava. Os prisioneiros pisavam sobre 24 raios de um extensa roda de pás. Conforme a roda girava, o prisioneiro era forçado a continuar pisando ou corria o risco de cair de cima, parecido com as máquinas de pisar modernas.

Enquanto isso, a rotação fazia motores bombearem água, esmagar grãos, ou movimentar moinhos, o qual é de onde o nome “treadmill” se originou. Esses dispositivos eram vistos como uma fantástica maneira de deixar os prisioneiros em forma, e assim adicionado o benefício de movimentar moinhos, ajudava a reconstruir a economia inglesa dizimada pelas Guerras Napoleônicas.

Isso foi uma vitória para todos os envolvidos, exceto os prisioneiros. É estimado que, em média, os prisioneiros gastavam mais ou menos seis horas por dia nas esteiras, o equivalente a escalar de 5.000 a 14.000 pés. 14.000 pés é a grosso modo, metade do Monte Everest. Imagine fazer isso cinco dias por semana com pouca comida.

A ideia de Cubitt rapidamente se espalhou pelo Império Britânico e na América. Dentro de uma década de sua criação, mais de 50 prisões inglesas contavam com uma esteira, e na América, uma quantidade parecida. Não sendo novidade, a exaustão combinada com a nutrição pobre, fez muitos prisioneiros sofrerem colapsos e ferimentos, não que os guardas prisionais parecessem se importar.

Em 1824, o guarda prisional nova iorquino James Hardie, caracterizou o dispositivo por domar os seus mais tempestuosos detentos, escrevendo que: “A estabilidade monótona, e não sua severidade, constitui o seu terror”, uma citação com que muitos ainda concordam. E as esteiras duraram na Inglaterra até o final do século 19, quando elas foram banidas por serem excessivamente cruéis sob a Lei das Prisões de 1989.

Mas claro que o dispositivo de tortura retornou com uma vingança, desta vez mirando um público desavisado. Em 1911, uma patente da esteira foi registrada nos Estados Unidos, e até 1952, o precursor das esteiras modernas de hoje tinha sido criado.

Quando a moda do jogging se difundiu nos Estados Unidos nos anos 70, a esteira voltou a ser o centro das atenções, como uma maneira fácil e conveniente de melhorar a capacidade aeróbica, e perder quilos indesejados, para o que, honestamente, ela é muito boa.

E a máquina manteve a sua popularidade deste então. Então na próxima vez que você se sujeitar voluntariamente ao que uma vez foi uma punição incomum e cruel, apenas fique feliz que você pode controlar quando você sai de cima.

Glossário de Estudos

It feels like hours have gone by (go by): Parece que horas se passaram. Passar.

You wonder: Você quer saber, você se pergunta.

locked away (Lock away): Prender, encarcerar, tranquifiar algo ou alguém em algum lugar.

Falling off (Fall off): Pode ser tanto cair em quantidade e em número, como cair fora de alguma área ou lugar, como é o caso do texto.

Pump out: Bombear (água)

Whipping prisoners into shape (Whip into shape): Colocar em forma, fazer ficar em forma.

On average: em média

Breakdowns: colapsos

Forerunner: precursor

Thrust back into: ser colocado de volta em uma posição anterior. Voltar a ser algo.

EX: Thrust back into the limelight.
      Voltar a ser centro das atenções.

Tom moved forward, but the guard thrust him back.
Tom se moveu à frente, mas o guarda o empurrou de volta.

Hop off: pular de cima de algum lugar.

Espero que vocês tenham gostado do vídeo de hoje e da transcrição/tradução! Como sempre, não deixem de visitar o vídeo no Youtube e dar o seu “gostei”, pois assim vocês estão ajudando o trabalho dos criadores desses vídeos incríveis! Link para o vídeo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=Al-30Z-aH8M Abração e bons estudos a todos vocês!