Aprendendo Inglês Com Vídeos #58: How memories form and how we lose them

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Aprendendo inglês com vídeos é uma série de posts em que traremos para vocês vídeos acompanhados de transcrições e traduções, pois este é um material de altíssima qualidade para qualquer estudante de inglês. A grande maioria dos vídeos virão do YouTube, assim como forma de retribuir aos criadores dos vídeos incríveis que vamos usar, pedimos que você sempre dê o seu “Gostei” no vídeo (ao clicar para reproduzir o vídeo você verá a opção “gostei” no próprio vídeo).

How Memories Form and How We Lose Them (Transcrição)

Think back to a really vivid memory. Got it? Okay, now try to remember what you had for lunch three weeks ago. That second memory probably isn’t as strong, but why not? Why do we remember some things, and not others? And why do memories eventually fade? Let’s look at how memories form in the first place.

When you experience something, like dialing a phone number, the experience is converted into a pulse of electrical energy that zips along a network of neurons. Information first lands in short term memory, where it’s available from anywhere from a few seconds to a couple of minutes. It’s then transferred to long-term memory through areas such as the hippocampus, and finally to several storage regions across the brain.

Neurons throughout the brain communicate at dedicated sites called synapses using specialized neurotransmitters. If two neurons communicate repeatedly, a remarkable thing happens: the efficiency of communication between them increases. This process, called long term potentiation, is considered to be a mechanism by which memories are stored long-term, but how do some memories get lost? Age is one factor.

As we get older, synapses begin to falter and weaken, affecting how easily we can retrieve memories. Scientists have several theories about what’s behind this deterioration, from actual brain shrinkage, the hippocampus loses 5% of its neurons every decade for a total loss of 20% by the time you’re 80 years old to the drop in the production of neurotransmitters, like acetylcholine, which is vital to learning and memory.

These changes seem to affect how people retrieve stored information. Age also affects our memory-making abilities. Memories are encoded most strongly when we’re paying attention, when we’re deeply engaged, and when information is meaningful to us. Mental and physical health problems, which tend to increase as we age, interfere with our ability to pay attention, and thus act as memory thieves.

Another leading cause of memory problems is chronic stress. When we’re constantly overloaded with work and personal responsibilities, our bodies are on hyperalert. This response has evolved from the physiological mechanism designed to make sure we can survive in a crisis. Stress chemicals help mobilize energy and increase alertness.

However, with chronic stress our bodies become flooded with these chemicals, resulting in a loss of brain cells and an inability to form new ones, which affects our ability to retain new information. Depression is another culprit. People who are depressed are 40% more likely to develop memory problems. Low levels of serotonin, a neurotransmitter connected to arousal, may make depressed individuals less attentive to new information.

Dwelling on sad events in the past, another symptom of depression, makes it difficult to pay attention to the present, affecting the ability to store short-term memories. Isolation, which is tied to depression, is another memory thief. A study by the Harvard School of Public Health found that older people with high levels of social integration had a slower rate of memory decline over a six-year period.

The exact reason remains unclear, but experts suspect that social interaction gives our brain a mental workout. Just like muscle strength, we have to use our brain or risk losing it. But don’t despair. There are several steps you can take to aid your brain in preserving your memories.

Make sure you keep physically active. Increased blood flow to the brain is helpful. And eat well. Your brain needs all the right nutrients to keep functioning correctly. And finally, give your brain a workout. Exposing your brain to challenges, like learning a new language, is one of the best defenses for keeping your memories intact.

Como as Memórias se Formam e Como as Perdemos (Tradução)

Relembre uma memória bem vívida. Pronto? Agora tente lembrar o que você almoçou três semanas atrás. Essa segunda memória provavelmente não é tão forte, mas por que não? Por que lembramos de algumas coisas, e de outras não? E por que as memórias desaparecem com o tempo? Vamos ver primeiro como as memórias se formam.

Quando você vivencia algo, como discar um número de telefone, essa experiência é convertida em um pulso de energia elétrica que percorre rapidamente uma rede de neurônios. A informação chega primeiramente na memória de curto prazo, onde fica disponível de qualquer lugar, de alguns segundos até poucos minutos. É então transferida para a memória de longo prazo através de áreas como o hipocampo, e finalmente até várias regiões de armazenamento através do cérebro.

Os neurônios do cérebro interagem entre si através de sítios de comunicação chamadas de sinapses usando neurotransmissores especializados. Se dois neurônios comunicam-se repetidamente, uma coisa notável acontece: a eficiência da comunicação entre eles aumenta. Esse processo, chamado de potenciação de longa duração, é considerado o mecanismo através do qual as memórias são armazenadas a longo prazo, mas como algumas memórias se perdem? A idade é um fator.

Conforme ficamos mais velhos, as sinapses começam a vacilar e a enfraquecer, afetando a facilidade de podermos recuperar as memórias. Os cientistas têm várias teorias sobre o que está por trás dessa deterioração, do encolhimento real do cérebro, onde o hipocampo perde 5% dos seus neurônios a cada década para uma perda total de 20% até os 80 anos de idade, à queda na produção de neurotransmissores, como a acetilcolina, que é vital para a memória e o aprendizado.

Estas mudanças parecem afetar a forma como as pessoas recuperam as informações. A idade também afeta a nossa capacidade de criar memórias. As memórias são adquiridas mais facilmente quando estamos prestando atenção, quando estamos profundamente concentrados, e quando são significativas para nós. Problemas físicos e mentais, que tendem  a aumentar conforme envelhecemos, interferem na nossa capacidade de prestar atenção, e assim agem como ladrões de memórias.

Outra causa que leva a problemas de memória é o estresse crônico. Quando somos constantemente sobrecarregados com responsabilidades do trabalho ou responsabilidades pessoais o nosso corpo fica em hiperalerta. Essa resposta evoluiu do mecanismo psicológico, desenvolvida para termos certeza de que podemos sobreviver em uma crise. Os químicos do estresse ajudam a mobilizar energia e a aumentar o estado de alerta.

No entanto, com o estresse crônico, o nosso corpo fica cheio desses químicos, resultando em uma perda de células cerebrais e na incapacidade de formar outras novas, o que afeta a nossa capacidade de reter novas informações. A depressão é outra culpada. Pessoas que são depressivas têm 40% mais chance de desenvolver problemas de memória. Níveis baixos de serotonina, um neurotransmissor associado à excitação, podem deixar indivíduos depressivos menos atentos a novas informações.

Se prender a eventos tristes do passado, outro sintoma da depressão, torna difícil prestar atenção no presente, afetando a habilidade de reter memórias de curto prazo. O isolamento, que é vinculado à depressão, é outro ladrão de memória. Um estudo pela Harvard School of Public Health revelou que pessoas idosas com altos níveis de integração social tiveram uma taxa menor na perda de memória durante um período de seis anos.

O motivo exato é ainda desconhecido, mas especialistas suspeitam que interações sociais dão ao nosso cérebro um exercício mental. Assim como a força muscular, nós precisamos usar o nosso cérebro ou ariscamos perdê-lo. Mas não se desespere. Existem várias precauções que você pode tomar para ajudar o seu cérebro na preservação das memórias.

Certifique-se de que esteja fisicamente ativo. Uma grande circulação sanguínea faz bem para o cérebro. E coma bem. Seu cérebro precisa de todos os nutrientes essenciais para funcionar corretamente. E finalmente, dê a ele um exercício. Expor o cérebro a desafios, como aprender um novo idioma, é uma das melhores defesas para manter o seu cérebro intacto.

Glossário de Estudos

Think back: Lembrar de algo do passado, se recordar. Literalmente: Pensar atrás.

Eventually: Tem o sentido de, finalmente, no fim das contas, com o tempo, com o passar do tempo.

Zip along: Se mover rapidamente, percorrer um trajeto de maneira rápida.

As we get older: Conforme ficamos velhos. Get aqui, tem o sentido de “ficar” ou “se tornar” em português. Logo, get older = ficar mais velho, se tornar mais velho.

As we age: Conforme envelhecemos. A palavra Age, também pode ser usada como um verbo, que significa “envelhecer”.

Dwelling on (Dwell on something): É um phrasal verb que expressa o sentido de falar ou pensar demais em algo, principalmente algo ruim, pode ser um problema do passado ou algo que te deixe mal. Em português, não temos como expressar isso em uma palavra, mas podemos dizer “se prender demais a algo”, “se focar demais”, a tradução é flexível, desde que expresse o sentido.

Espero que vocês tenham gostado do vídeo de hoje e da transcrição/tradução! Como sempre, não deixem de visitar o vídeo no Youtube e dar o seu “gostei”, pois assim vocês estão ajudando o trabalho dos criadores desses vídeos incríveis! Link para o vídeo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=yOgAbKJGrTA Abração e bons estudos a todos vocês!