Aprendendo Inglês Com Vídeos #82: History Through The Eyes of The Potato

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Aprendendo inglês com vídeos é uma série de posts em que traremos para vocês vídeos acompanhados de transcrições e traduções, pois este é um material de altíssima qualidade para qualquer estudante de inglês. A grande maioria dos vídeos virão do YouTube, assim como forma de retribuir aos criadores dos vídeos incríveis que vamos usar, pedimos que você sempre dê o seu “Gostei” no vídeo (ao clicar para reproduzir o vídeo você verá a opção “gostei” no próprio vídeo)

History Through The Eyes of The Potato (Transcrição)

1 – Baked or fried, boiled or roasted, as chips or fries. At some point in your life, you’ve probably eaten a potato. Delicious, for sure, but the fact is potatoes have played a much more significant role in our history than just that of the dietary staple we have come to know and love today. Without the potato, our modern civilization might not exist at all.

2 – 8,000 years ago in South America, high atop the Andes, ancient Peruvians were the first to cultivate the potato. Containing high levels of proteins and carbohydrates, as well as essential fats, vitamins and minerals, potatoes were the perfect food source to fuel a large Incan working class as they built and farmed their terraced fields, mined the Rocky Mountains, and created the sophisticated civilization of the great Incan Empire.

3 – But considering how vital they were to the Incan people, when Spanish sailors returning from the Andes first brought potatoes to Europe, the spuds were duds. Europeans simply didn’t want to eat what they considered dull and tasteless oddities from a strange new land, too closely related to the deadly nightshade plant belladonna for comfort.

4 – So instead of consuming them, they used potatoes as decorative garden plants. More than 200 years would pass before the potato caught on as a major food source throughout Europe, though even then, it was predominantly eaten by the lower classes.

5 – However, beginning around 1750, and thanks at least in part to the wide availability of inexpensive and nutritious potatoes, European peasants with greater food security no longer found themselves at the mercy of the regularly occurring grain famines of the time, and so their populations steadily grew.

6 – As a result, the British, Dutch and German Empires rose on the backs of the growing groups of farmers, laborers, and soldiers, thus lifting the West to its place of world dominion. However, not all European countries sprouted empires.

7 – After the Irish adopted the potato, their population dramatically increased, as did their dependence on the tuber as a major food staple. But then disaster struck. From 1845 to 1852, potato blight disease ravaged the majority of Ireland’s potato crop, leading to the Irish Potato Famine, one of the deadliest famines in world history.

8 – Over a million Irish citizens starved to death, and 2 million more left their homes behind. But of course, this wasn’t the end for the potato. The crop eventually recovered, and Europe’s population, especially the working classes, continued to increase.

9 – Aided by the influx of Irish migrants, Europe now had a large, sustainable, and well-fed population who were capable of manning the emerging factories that would bring about our modern world via the Industrial Revolution. So it’s almost impossible to imagine a world without the potato.

10 – Would the Industrial Revolution ever have happened? Would World War II have been lost by the Allies without this easy-to-grow crop that fed the Allied troops? Would it even have started? When you think about it like this, many major milestones in world history can all be at least partially attributed to the simple spud from the Peruvian hilltops.

A História Através dos Olhos da Batata (Tradução)

1– Assadas ou fritas, cozidas ou grelhadas, como chips ou fritas, você provavelmente já comeu batata alguma vez. Deliciosas, claro. Mas o fato é que as batatas desempenharam um papel muito mais significativo na nossa história do que o de um alimento da nossa dieta que viemos a conhecer e adoramos atualmente. Sem a batata, a nossa civilização moderna podia nem sequer existir.

2 – Há 8000 anos, na América do Sul, no alto dos Andes, os antigos peruanos foram os primeiros a cultivar a batata. Contendo altos níveis de proteínas e de carbohidratos, assim como gorduras essenciais, vitaminas e minerais, as batatas eram um perfeito alimento para alimentar uma grande classe trabalhadora inca, que construía e cultivava campos dispostos em terraços, explorava as minas das Montanhas Rochosas e criava a sofisticada civilização do grande Império Inca.

3 – Mas, considerando como elas eram vitais para a população inca, quando os marinheiros espanhóis que regressaram dos Andes introduziram as batatas na Europa, as batatas foram uma decepção. Os europeus simplesmente não quiseram comer uma o que achavam uma esquisitice sem graça e sem sabor, de um novo país estranho, demasiado aparentada com a beladona, uma planta venenosa e mortal.

4 – Portanto, em vez de as comerem, usavam as batatas como plantas decorativas no jardim. Passar-se-iam mais de 200 anos antes de as batatas passarem a ser uma importante fonte de alimento em toda a Europa. Mesmo assim, era predominantemente comida pelas classes mais baixas.

5 – Porém, a partir do início de 1750, e graças, pelo menos em parte, à grande abundância de batatas baratas e nutritivas, os camponeses europeus com uma maior segurança alimentar deixaram de estar à mercê das grandes fomes de cereais que ocorriam regularmente na época. Por isso, a população foi crescendo gradualmente.

6 – Em consequência disso, os britânicos, os holandeses e os impérios germânicos evoluíram à custa de grupos crescentes de agricultores, trabalhadores e soldados, elevando assim o Ocidente ao seu lugar de domínio mundial. No entanto, nem todos os países europeus deram origem a impérios.

7 – Depois de os irlandeses terem adotado a batata, a população cresceu drasticamente, tal como a sua dependência pelo tubérculo como o principal alimento básico. E então, aconteceu o desastre. De 1845 a 1852, a peste da batata destruiu a maior parte das culturas de batata da Irlanda, causando a Grande Fome irlandesa, uma das fomes mais mortíferas da história mundial.

8 – Mais de um milhão de irlandeses morreram de fome e outros dois milhões deixaram suas casas para trás. Claro que isso não foi o fim da batata. As culturas acabaram por se recuperar e a população da Europa, principalmente as classes trabalhadoras, continuaram a aumentar.

9 – Auxiliado pelo influxo dos migrantes irlandeses, a Europa agora tinha uma população grande, sustentável e bem alimentada que foi capaz de trabalhar nas fábricas que iam surgindo e que iriam dar origem ao nosso mundo moderno através da Revolução Industrial. Portanto, é quase impossível imaginar um mundo sem a batata.

10 – Teria ocorrido alguma vez a Revolução Industrial? Teriam os Aliados perdido a II Guerra Mundial sem este produto fácil de cultivar que alimentava as tropas Aliadas? Teria alguma vez pelo menos começado? Quando você pensa sobre isso deste modo, muitos importantes marcos da história mundial podem ser atribuídos, pelo menos em parte, à modesta batata dos cumes peruanos.

Espero que vocês tenham gostado do vídeo de hoje e da transcrição/tradução! Como sempre, não deixem de visitar o vídeo no Youtube e dar o seu “gostei”, pois assim vocês estão ajudando o trabalho dos criadores desses vídeos incríveis! Link para o vídeo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=xROmDsULcLE Abração e bons estudos a todos vocês!